A disputa está lançada. Estão na jogada Anápolis, Uberlândia e Planaltina. A concorrência é para abrigar o futuro Aeroporto de Cargas e Cidade Aeroportuária, a serem construídos num desses locais. Numa iniciativa do deputado Claudio Abrantes (PPS), nesta quinta-feira (15) a sessão ordinária da Câmara Legislativa, deu lugar a uma Comissão Geral destinada a debater a construção do novo aeroporto na região administrativa de Planaltina.
Na comissão várias autoridades estiveram presentes. Na composição da mesa, além de Abrantes, Dr. Michel, vice-presidente da Casa; Raad Massouh, primeiro secretário da Casa; Joe Valle, terceiro secretário; Jacques de Oliveira Pena, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico; Renato Andrade dos santos; secretário de Estado do Entorno; Nilvan Pereira de Vasconcellos, administrador regional de Planaltina; Wilmar Lacerda, chefe da Coordenadoria de Assuntos Legislativos do GDF; Adelmir Santana, presidente da Fecomércio.
“Estudos mostram a necessidade da construção de uma cidade aeroportuária para a região do DF”, disse Cláudio Abrantes. O deputado, morador de Planaltina, defende que a construção vá para sua cidade. “Precisamos acabar com a desigualdade social entre as regiões administrativas”, afirmou. Para ele, a construção proporcionará desenvolvimento econômico à região, como uma política de geração de empregos e aumento de renda.
Jaques Penna anunciou que o governador solicitou que contatasse o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a fim de buscar alternativas para viabilizar a construção. O secretário disse ainda que o governo não pode determinar agora qual seria a cidade do DF que receberia o aeroporto de carga. “Isso são os estudos técnicos é que vão definir”, disse.
O grupo anglo-americano Newmark Knight Frank, foi o responsável pelos estudos ambientais para captação de empresas parceiras interessadas na construção do Aeroporto de Cargas do DF. Na Comissão Geral os estudos foram apresentados como “um novo conceito de cidade aeroportuária, que visa desenvolvimento econômico e sustentável”. O estudo ainda mostrou que se estima criar 50 mil empregos diretos e indiretos e, além disso, toda a obra exigirá investimentos na ordem de 10 bilhões de reais.
Após a explanação do estudo, o deputado Chico Vigilante (PT) fez uso da palavra e questionou o estudo. Para ele, a forma como viria o retorno financeiro da proposta não foi explicada com profundidade. “Se é um projeto que têm concorrentes, quero cobrar da empresa que fundamente o projeto”, comentou.
O deputado Cláudio Abrantes (PPS), autor do requerimento para realização da Comissão Geral, avaliou o debate como “positivo”. Com a consolidação do projeto, além do perfil industrial, o novo aeroporto também serviria de base para a aviação de jatos executivos. Atualmente, o único aeroporto industrial do país funciona em Cabo Frio, no Rio de Janeiro.