Mais um empresário depôs nesta segunda-feira (13) na CPI do Pró-DF, no Plenário da Câmara Legislativa, e confirmou ter recebido pedido de R$ 300 mil como pagamento de propina para liberação de processo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Reinaldo Vagner Taveira, dono da Casa Forte, empresa do ramo de materiais de construção, prestou seu depoimento em “caráter reservado”, conforme pedido feito por ele.
De acordo com as informações transmitidas pela presidente da CPI, deputada Eliana Pedrosa (DEM), o empresário teria afirmado que recebera a proposta de propina de um “homem grisalho”. Segundo a deputada, Taveira disse que seu processo no Pró-DF acabou sendo recusado.
A deputada afirmou ainda que o empresário alegou que não tinha o nome da pessoa que supostamente tentou o recebimento de propina. Mas comentou que ele dissera que outro empresário daquele ramo pagara a propina, para liberação do processo
“Esse depoimento foi importante porque nos ajudou a identificar o fio da meada”, comentou a deputada Eliana Pedrosa, que lamentou não ter recebido ainda as cópias dos processos e da documentação solicitada a vários órgãos do governo, como a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Transparência e Polícia Civil. “Por enquanto só temos os depoimentos”.
Após o depoimento do dono da Casa Forte, os deputados da CPI aprovaram proposta apresentada pelo deputado Olair Francisco (PTdoB) para que a comissão apure as eventuais irregularidades constantes nos 181 processos que foram considerados ilegais pelo atual governo. O distrital Chico Vigilante (PT) votou contra, justificando que aquela era uma atribuição do governo. “Isso é invasão de competência”, declarou.
Acareação – A presidente da CPI do Pró-DF, Eliana Pedrosa, também confirmou que na próxima segunda-feira (20), às 14h, acontecerá a acareação entre o dono da Sermatec, Samuel Mesquita, e o consultor da empresa, João Marcelo, que depuseram na semana passada à CPI.