Por iniciativa da deputada distrital Rejane Pitanga a Câmara Legislativa do Distrito Federal realizará no próximo dia 10 de outubro às 15h, Audiência Pública para debater a situação dos profissionais readaptados do sistema público de ensino do Distrito Federal.
O crescente número dos casos de adoecimento dos profissionais do sistema público de ensino do DF causado por aspectos relacionados à desinformação sobre o cuidado com a saúde e as péssimas condições de trabalho, tem levado vários profissionais ao afastamento por motivos de saúde, sendo encaminhados para programas de readaptação.
No DF existem mais de 10 mil profissionais readaptados que foram afastados de suas atividades por apresentarem problemas de saúde ocasionados pelo aumento da carga horária e o número de alunos por turma, pela exposição à poeira e ao barulho dentro e fora da sala de aula, pela estrutura inadequada, por problemas de relacionamento com as direções e fatores externos que interferem no cotidiano expondo-os à violência, aumentando assim o número de ocorrências por agressões físicas.
Tal situação estigmatiza o trabalhador, dando margem para a discriminação afetando significativamente a sua autoestima podendo causar outros tipos de agravos à saúde como, por exemplo, a depressão. Muitas vezes a consequência dessa situação é a aposentadoria precoce dos trabalhadores, podendo causar outros problemas em sua vida cotidiana.
A distrital explica que a readaptação para o retorno ao trabalho deve ser parte de um processo contínuo e coordenado que deve proporcionar os meios de assistência e tratamento para que pessoas afastadas parcial ou totalmente do trabalho possam retornar às suas atividades dentro das condições ambientais, físicas e psicológicas adequadas às suas capacidades laborais reais. “O processo de readaptação deve ter como objetivo a reinclusão social dos acidentados e adoecidos no ambiente no trabalho”, afirma.
Nesse sentido a audiência terá o objetivo de avaliar a situação vivida pelos trabalhadores e principalmente discutir mecanismos que possam ser considerados como garantia de retorno ao trabalho e que promovam a valorização dos profissionais, resgatando sua autoestima e evitando inclusive a aposentadoria precoce por invalidez.
