Pesquisadores, na maior parte da Universidade de Brasília (UnB), especialistas na temática energética, estudantes universitários e parlamentares reúnem-se nesta quinta-feira (27), na Câmara Legislativa, para debater sobre a adoção de um sistema de etiquetagem de edificações no Distrito Federal.
O seminário Edificações Sustentáveis vai se realizar das 9h às 18h30, no auditório da Câmara Legislativa. A iniciativa é do Laboratório de Controle Ambiental e Eficiência Energética (LACAM) e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da UnB (Faunb), com apoio da Câmara Legislativa.
Pela Câmara Legislativa, a articulação coube ao deputado Cláudio Abrantes, que é o coordenador da Frente Ambientalista do DF e presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF).
Abrantes se comprometeu a apresentar projeto de lei, logo após o seminário, para propor um sistema de etiquetagem de edificações no DF. A intenção é basear-se nos estudos dos pesquisadores da UnB que já estão avançados como conteúdo da proposta.
A meta é os prédios do DF passem a ser classificados em cinco quesitos diferentes. O método é semelhante ao usado para a chamada “linha branca”, ou seja, por exemplo, geladeiras e máquinas de lavar roupas, que são merecedoras de conceitos de “A” a “E” a depender do seu nível de consumo de energia.
O conceito da etiquetagem de edificações começa a ser difundido em nosso país, mas há várias nações onde essa prática já é uma realidade.
A Inglaterra, Holanda, Noruega, Espanha e Suécia utilizam o BREEAM. Já o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) certificação para edifícios sustentáveis, criada por uma ONG americana, está em vigor desde 1998 nos EUA.
Pelos dados mais recentes há atualmente 14 mil projetos no mundo que possuem ou estão em fase de aprovação pelo selo Leed. Com o mesmo propósito o HQE (Haute Qualité Environnementale) é um padrão para construção verde na França. Esse sistema de etiquetagem baseia-se nos princípios de desenvolvimento sustentável estabelecido pela primeira vez em 1992 Cúpula da Terra.
No caso dos cientistas brasileiros, a meta é elaborar um sistema adequado às características geográficas e climáticas brasileiras. “Na ponta do lápis, a vantagem será percebida pelos consumidores, em outras palavras, pelos futuros habitantes dessas edificações”, argumenta Cláudio Abrantes.