Na palestra que fez hoje (04) aos participantes do lançamento do Fórum Permanente de Educação Profissional e Tecnológica do Distirto Federal e Entorno, o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, disse que o tema é visto com preconceito, num “país marcado pela cultura bacharelesca”, pela aversão às questões relacionadas ao trabalho.
O Fórum foi concebido numa audiência pública realizada em maio deste ano pelo deputado Wasny de Roure (PT), ocasião em que se mostrou necessária uma ação permanente de diversos órgãos para suprir o atraso do DF e do Entorno nesse campo e “preparar pessoas qualificadas para atuar em um mercado de trabalho cada vez mais exigente”, de acordo com a Carta de Intenções assinada hoje.
Pacheco afirmou que o preconceito contra a educação profissional vem sendo desarticulado por transformações inéditas na história do país. Para confirmar essa mudança, ele disse que basta verificar o orçamento destinado à educação no governo Lula, que praticamente triplicou em relação ao governo anterior. Pacheco disse ainda que, durante os oito anos do governo Lula, os investimentos em educação profissional cresceram dez vezes mais do que no governo Fernando Henrique Cardoso.
O secretário avaliou também que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) “é o mais articulado e ambicioso plano em curso no ministério”, e que deve absorver, até o final do governo da presidente Dilma Rousseff, recursos da ordem de R$ 8 bilhões. Pacheco também mencionou a importância da certificação profissional adotada pelo governo, que reconhece e certifica o saber informal de trabalhadores como pedreiros, pintores, artistas de circo e de rua, entre outros. Mas ainda há muito o que fazer, reconheceu. “Não se resolve uma herança de meio século em oito anos”, concluiu.