Na tarde desta quarta (29), o prefeiturável José Serra, pré-candidato do PSDB em São Paulo para as próximas eleições concedeu entrevista coletiva para falar sobre suas perspectivas para as eleições e para as prévias do partido, adiadas hoje para o dia 25 de março, em que ele disputará a preferência dos tucanos com o secretário estadual de Energia, José Aníbal, e o deputado federal Ricardo Trípoli, que divulgaram hoje (29) uma carta aberta à direção executiva municipal do PSDB criticando o adiamento e reivindicando a realização de pelo menos dois debates até o final do mês.
Uma das primeiras promessas de Serra é que, se for eleito, cumprirá o mandato até o fim, já Pedro Tobias, presidente estadual da legenda, pensa mais longe e fala até mesmo em reeleição. "Eu estou sendo candidato para governar a cidade até quando o mandato dure, que é 2016. O Pedro Tobias está dizendo aqui oito anos, mas isso é por conta dele. Essa é minha decisão. Eu vou cumprir os quatro anos. É mais do que promessa", afirmou. Serra disse ainda que não acha que a campanha será fácil. "Acho que a campanha em São Paulo vai ser muito difícil. Vamos ter adversários que eu respeito. Não acho que vai ser sopa, não".
Da última vez que foi candidato à prefeitura paulistana em 2004, o político foi questionado quanto ao cumprimento, o tucano concordou com o jornalista Boris Casoy, que recomendava o eleitor a não votar nele caso não cumprisse os quatro anos, mas renunciou à prefeitura para concorrer à presidência. Questionado se estaria abrindo mão de disputar a presidência em 2014, o tucano afirmou que o sonho estaria “enterrado ou adormecido”. "Para quem faz política como eu, política não é só sonho pessoal. Isso está dentro de um contexto, que tem de ser levado em conta. Não é primeira vez na vida que tomo outro rumo. Quanto ao sonho, ele pode permanecer. Estou no auge da minha energia", afirmou, mas declinou de falar sobre 2018, alegando que está muito longe.
Sobre seu índice de rejeição estimado em cerca de 30% em pesquisas, Serra atribuiu o número à maneira como é feita a pergunta e ao fato de que ele é identificado como um candidato anti-petista. "Atribuo à forma de se perguntar. Conversei com um pesquisador importante e ele me disse que é o jeito como se faz a pergunta. Segundo: tendo disputado uma eleição presidencial, sou super identificado como não PT. É natural que o eleitorado do PT vá por aí", argumenta.
Foto, AE.