Na semana que passou, integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher estiveram visitando o Distrito Federal e Entorno. As parlamentares se reuniram com o governador do DF, Agnelo Queiroz, e a secretária da Mulher, Olgamir Amancia, após visitar as unidades públicas que prestam atendimento às mulheres vítimas de agressões e relataram ter ficado satisfeitas com a estrutura encontrada. As parlamentares visitaram a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) e o Centro de Referência de Atendimento à Mulher, entre outras estruturas do GDF.
Para a deputada federal Marina Sant’Anna (PT-GO) o modelo de atendimento integrado oferecido no DF é “paradigmático”. “É superior a outros lugares, em relação ao preparo da equipe e aos investimentos do GDF”, afirmou. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) concordou e emendou que a situação do DF é completamente diferente da do Entorno. “Aqui no DF, o divisor de águas foi a criação da Secretaria da Mulher, que resultou no novo modelo de Delegacia da Mulher e na recuperação da estrutura do Instituto Médico Legal (IML), que realiza exames de corpo de delito e identifica agressores por meio de exames de DNA”, afirmou Kokay.
Políticas para mulheres – O governo local também possui outras políticas públicas com foco na população feminina, descritas pelo governador durante a reunião. Entre elas está a ampliação do Comitê Intersetorial de Mulheres, que incluiu mais representantes das lutas femininas.
O governador mencionou, ainda, a aquisição da segunda Unidade Móvel de Saúde da Mulher – a primeira realizou mais de 20 mil exames em oito meses – e o programa DF Alfabetizado, que já ensinou 6 mil moradores do DF a ler e a escrever, a maioria mulheres e segundo o governador, as novas creches, já abertas em Brazlândia, São Sebastião e Estrutural, vão permitir que as mães trabalhem ou estudem enquanto os filhos ficam em local seguro.
O DF é também a única unidade federativa a incluir no currículo escolar temas como a Lei Maria da Penha e questões de gênero. O Plano Plurianual (PPA) prevê iniciativas para a emancipação das mulheres. Há também programas voltados para a assistência e a qualificação da população feminina que mora nas áreas rurais. Já as mulheres do sistema prisional ganharam um box para vender sua produção artesanal na Feira da Torre de TV.
Com informações da Agência Brasília.