A 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) manteve parcialmente a condenação da ex-deputada distrital Eurides Brito (PMDB), por improbidade administrativa. Eurides ficou conhecida como a “deputada da bolsa” ao ser flagrada escondendo dinheiro em uma bolsa, em um dos vídeos do escândalo do mensalão do DEM-DF.
Ela já havia sido condenada em primeira instância em junho do ano passado, por envolvimento no esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM. A decisão ainda cabe recurso. Pela condenação, a ex-parlamentar está impedida de concorrer a cargos públicos até 2020. Ela perdeu o mandato de deputada em 2010 e foi condenada a devolver R$ 620 mil aos cofres públicos mais correção monetária e multa de R$ 1,8 milhão.
Apesar de ter sido gravada recebendo dinheiro, a ex-deputada sempre alegou inocência e em maio de 2010, disse que não havia provas contra ela. “Eu quero ganhar e vou ganhar por falta de provas”, disse. Na defesa apresentada à Comissão de Ética da Câmara Legislativa, a ex-parlamentar alegou que os maços de dinheiro mostrados no vídeo seriam do ex-governador do DF Joaquim Roriz, para pagar encontros em que Eurides teria pedido votos para ambos, em 2006. Roriz negou a versão da ex-deputada.
A operação Caixa de Pandora, que revelou o mensalão do DEM, foi deflagrada em novembro de 2009 pela Polícia Federal e investigou o suposto esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal (GDF) que envolveu servidores públicos, empresários e diversos políticos. A denúncia foi feita pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.