Durante o comunicado de líder na sessão ordinária desta tarde (22), o líder do Bloco PT/PRB, deputado Chico Vigilante, cobrou da Mesa Diretora da Casa para exigir mais rigor da Polícia Civil na investigação de suposta extorsão por parte do pastor Eliseu dos Santos ao deputado Raad Massouh (PPL).
“Eu exijo da Mesa Diretora um posicionamento perante a Polícia Civil, no sentido de exigir que abra um processo de investigação e que o diretor da Polícia Civil, Jorge Luiz Xavier, designe um grupo especial de delegados para que essa história imoral que apareceu envolvendo o nome de deputados seja apurada com rigor”, afirmou Chico Vigilante.
Segundo ele, isso é o mínimo que a Casa tem que fazer para exigir respeito e de defender. “O mínimo que deve fazer é exigir uma investigação para colocar um facínora desse na cadeia”, cobrou.
Para Chico Vigilante, é inadmissível que um parlamentar tenha o nome achincalhado por bandido. “Ainda fala em nome de Deus. Quando se fala em Dadá, aí que é quadrilha mesmo”, destacou o parlamentar, se referindo a Idalberto Matias, o Dadá, do caso Carlinhos Cachoeira.
"Deputado não é bandido. O que falou dos deputados, se não tomar providência, amanhã vai falar de mim e de qualquer um de nós desta casa", argumentou. "O que depender de mim, eu quero este bandido na cadeia", afirmou.
Ainda durante a sessão ordinária, o Chico Vigilante ligou para o diretor-geral da corporação, Jorge Luiz Xavier, que se mostrou à disposição para receber os parlamentares, às 17h30 de hoje.
Chico Vigilante foi parabenizado pelo pronunciamento e apoiado em sua fala pelo distrital, dr. Michel (PEN), além do vice-presidente da CLDF, Agaciel Maia (PTC) e o próprio Raad Massouh (PPL).
Entenda o caso
No fim da manhã de ontem (21), o deputado Raad procurou a Polícia Civil do DF e registrou uma queixa de tentativa de extorsão. De acordo com o parlamentar, que reafirmou a denúncia na sessão de hoje, ele foi procurado em sua residência pelo pastor Eliseu dos Santos, de Sobradinho, que lhe pediu dinheiro para que o processo que corre contra ele na Comissão de Defesa Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar fosse arquivado. O suposto religioso estaria falando em nome dos deputados dr. Michel, presidente da comissão, Joe Valle e Agaciel Maia (PTC).