A presidenta Dilma Rousseff esteve reunida hoje pela manhã (28), com seis ministros do PMDB, um dia antes da reunião do Diretório Nacional do partido, nesta terça-feira (29), que vai decidir se a legenda continua apoiando o governo.
Estiveram presentes, no Palácio do Planalto, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga; da Saúde, Marcelo Castro; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera; do Turismo, Henrique Alves; da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes; e da Secretaria de Portos, Helder Barbalho. Apenas a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, não participou, por estar em um compromisso fora de Brasília.
O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner, também participou da reunião.
A Presidente terá pela frente uma das semanas mais difíceis desde que o processo do impeachment foi aberto na Câmara, com a provável oficialização do desembarque do PMDB do governo prevista para a próxima terça-feira. Auxiliares da presidente classificam a decisão do partido do vice-presidente Michel Temer como irreversível e chegam a falar que “só um milagre” faria os peemedebistas mudarem de ideia. A decisão do PMDB pode levar à debandada de outros partidos da base aliada, como o PP e o PSD.
Para um ministro do PT, os próximos 15 dias vão definir se Dilma continua ou não na Presidência. Com o desembarque do PMDB, a ordem é atuar no varejo para conquistar deputados. Hoje, o cálculo é de que o governo não tem os 171 votos necessários para barrar o impeachment na Câmara e que seria muito difícil parar processo no Senado. Sem interlocução com Temer, Dilma delegou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tarefa de tentar se aproximar do vice. Na semana passada, o petista não obteve sucesso na empreitada. Temer nem sequer atendeu aos telefonemas do ex-presidente. Uma nova tentativa deve ser feita nesta segunda-feira, mas há pouca esperança que isso altere o quadro já desenhado.
Kátia Abreu
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), está conversando com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para que possa retornar ao partido, caso o PMDB confirme o rompimento com o governo Dilma Rousseff (PT) nesta terça-feira, 29.
A emissora reforçou que Kátia é uma peemedebista que não é da cota do PMDB, mas está no cargo por uma escolha pessoal da presidente Dilma. Dessa forma, se o PMDB definir se retirar do governo, Kátia poderia então retornar ao PSD para permanecer no ministério.
No Tocantins, o PSD está sob o comando do filho da ministra, o deputado federal Irajá Abreu.
Com informação da Agência Brasil, Estadão e Blog CT