Integrantes de movimentos de direita, favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, pediram na Justiça Federal do Distrito Federal que seja determinado o corte pela metade do salário da presidente, bem como a proibição de uso por ela do avião presidencial, e de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para deslocamentos em agenda. A ação popular questiona ato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que manteve o salário de R$ 27,8 mil e lhe concedeu direito a uso de aviões para o deslocamento.
A ação foi protocolada pela advogada Dênia Érica Gomes Ramos Magalhães em nome de Miriam Rodrigues Lopes de Barros e Alexandre Victor Borges Scavardoni. Os três são militantes de grupos favoráveis ao afastamento de Dilma. A advogada Dênia e Miriam, inclusive, assinaram um pedido de impeachment entregue pelo Movimento Brasil Livre (MBL) à Câmara no ano passado.
Em relação ao salário de Dilma, é mencionado que a Lei 1079 de 1950, que regula o processo de impeachment, prevê que durante o afastamento o presidente tenha direito a apenas metade da remuneração.
Cunha e as mordomias
Sobre os benefícios concedidos ao deputado Eduardo Cunha, os manifestantes de direita não fizeram nenhuma ação. Também não existe nenhuma ação dos movimentos de esquerda questionando esses benefícios. A mesa diretora da Câmara assegurou a Cunha, salário integral de R$ 33.763 por mês, carro oficial, avião da FAB, equipe de guarda-costas, casa, comida e roupa lavada.
O ex-presidente afastado da Câmara, tem processo no STF, ao contrário da presidente Dilma, e não deve voltar a exercer mais o seu mandato, já que o STF considerou, em decisão unânime dos seus 11 ministros, que a permanência dele no Legislativo feria os “princípios de probidade e moralidade que devem governar o comportamento dos agentes políticos.”
O deputado Eduardo Cunha permanece na casa destinada ao presidente da Câmara, com direito a assistência médica, segurança, transporte aéreo e terrestre, equipe de 15 assessores, e recebendo os R$ 92 mil para remunerar seus auxiliares.
Com informações de O Globo
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