Está cada dia mais difícil para o presidente temporário e interino, Michel Temer, provar que é ele que manda no seu governo. Quem o conhece, inclusive já o viu enviando cartinhas de desagravo, sabe que ele não é um intrépido político. O mesmo não se pode dizer do seu chefe oculto o ardiloso vingador Eduardo Cunha. É dele as ideias e “vingancinhas rasteiras” proporcionado dia a dia por este governo-espetáculo, que beira ao ridículo com suas ações estapafúrdias, e causa indignação até aos cínicos de plantão. Ao interino, seu ajudante de ordem, resta obedecer.
O “eminente” jurista e constitucionalista Michel Temer, jamais pensaria em algo como desmontar uma empresa de comunicação pública , apenas porque um dos seus paus-mandados foi destituído do cargo. Uma atitude dessa monta perversa é a cara de Eduardo Cunha.
Do seu lado, intermediando as baixarias, o não menos pau-mandado, Geddel Vieira Lima. Esse uma espécie de chocarreiro da corte. Enquanto isso, a sociedade brasileira assiste estarrecida o desmonte de um governo, cujo a única estratégia do seu mentor, é perseguir a perseguida Dilma Rousseff.
Não existe justificativa plausível para extinção imediata da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A recomendação de Temer, para que um estudo seja feito para encerrar as atividades da emissora pública, demonstra precipitação, e falta de objetividade e prudência de um Governo, que ao invés de conciliar as partes, joga mais lenha na fogueira acendendo outro ponto de divergência.
A vingancinha de Cunha, em execução pelo interino, acontece em razão da acomodação de um dos seus mais fiéis aliados, o jornalista Laerte Rimoli. Depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff, o interino demitiu o jornalista Ricardo Melo da presidência da empresa, cargo com mandato de 4 anos, e nomeou o assessor de Cunha na Câmara de Deputados, Laerte Rimoli. No entanto, uma liminar do ministro Dias Toffoli, do STF, reconduziu Melo ao cargo causando um rebuliço nos planos de Cunha.
Depois que assumiu a EBC, Rimoli fez demissões, extinguiu o termo “presidenta” usado na gestão de Dilma, fez mudanças na programação, cancelou contratos de parceria com a TV dos Trabalhadores e com vários jornalistas ligados a gestão da “presidenta” afastada.
Além do afastamento do seu “protegido” da presidência da EBC, a fúria de Cunha foi reacendida na última quinta-feira, quando a TV Brasil exibiu uma entrevista com a presidenta democraticamente eleita Dilma Rousseff, feita pelo jornalista Luis Nassif.
Segundo fontes ligadas a Cunha, ele agora estuda escassear o ar que Dilma respira, quanto a Temer e Geddel pensam uma forma de executar os planos do chefe.
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