Os policiais civis do Distrito Federal decidiram fazer uma paralisação geral de 48 horas, a partir das 8 horas da manhã desta quinta-feira (4), dia em que a seleção brasileira de futebol masculino estreia na Olimpíada jogando em Brasilia. Segundo Carlos Eduardo Costa, membro da diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal, a categoria cobra do governo isonomia salarial com a Polícia Federal (PF)
Além da paralisação, a categoria decidiu em assembleia na tarde hoje (3) rejeitar a proposta do governo de reajuste em três parcelas: 7% em outubro de 2017, 10% em outubro de 2018 e 10% em outubro de 2019.
De acordo com o governo, essa proposta “representava o limite extremo diante do atual quadro de crise econômica”. Com a decisão de parar, o governo resolveu retirar a proposta, mas informou que vai manter o diálogo.
Em nota, o Governo do Distrito Federal afirmou que o processo de reivindicação da Polícia Civil nasceu da decisão do governo federal de conceder reajustes entre 27% e 41% para a Polícia Federal e que a “radicalização do movimento é precipitada”, já que o reajuste da PF ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional.
Apesar disso, o governo reconheceu a legitimidade da isonomia entre as duas categorias. Alegou, porém, que não tem recursos para arcar com os reajustes
NOTA OFICIAL
Representantes da Polícia Civil reunidos em Assembleia hoje à tarde decidiram realizar uma paralisação de 48 horas para pressionar o governo a conceder reajustes para equiparar os seus salários aos da Polícia Federal. O governo de Brasília, que sempre esteve aberto ao diálogo, rejeita a radicalização do movimento, justamente no dia em que Brasília recebe os Jogos Olímpicos. E, diante do fato, esclarece à população que:
1 – O processo de reivindicação da Polícia Civil nasceu da decisão do governo da então presidente Dilma Rousseff de promover reajustes entre 27% e 41% para a Polícia Federal.
2 – A radicalização do movimento é precipitada, uma vez que o reajuste da Polícia Federal ainda precisa ser aprovado pelo Congresso e, nesse caso, só vigorará a partir de janeiro do ano que vem.
3 – Embora reconheça a legitimidade do pleito de isonomia com a Polícia Federal, o governo de Brasília, diante das atuais condições econômicas do País e do Distrito Federal, não possui condições financeiras de arcar com os índices e prazos encaminhados pelo governo federal ao Congresso Nacional.
4 – Após negociações com as lideranças do movimento, o governo de Brasília apresentou uma proposta de reajuste em três parcelas: 7% em outubro de 2017, 10% em outubro de 2018 e 10% em outubro de 2019. Essa proposta representava o limite extremo diante do atual quadro de crise econômica.
5 – Nas negociações com as lideranças da Polícia Civil foi estabelecido que essa proposta estaria automaticamente retirada, caso a assembleia optasse pela recusa ao diálogo e, mais grave, adotasse qualquer paralisação ou retaliação que penalizasse a sociedade.
6 – Ao mesmo tempo, o diálogo iniciado com a Polícia Civil gerou expectativas das outras corporações da segurança, que historicamente pleiteiam uma situação de equilíbrio com a PCDF.
Diante da paralisação aprovada em assembleia, o governo de Brasília reitera ser inaceitável que qualquer movimento sindical interrompa serviços essenciais à população e prejudique a comunidade do Distrito Federal. E decide:
1 – Retirar a proposta apresentada à Polícia Civil.
2 – Manter aberto o diálogo já iniciado com representantes da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para garantir mais segurança à população e melhores condições de trabalho para seus profissionais.
Governo de Brasília
Agência Brasil