A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) denunciou, em 2 de setembro, sete pessoas pelo crime de organização criminosa. Os envolvidos são acusados de aplicar golpes em desempregados de todo o país desde janeiro de 2013. As investigações foram realizadas no âmbito da Operação Fake Job, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal em julho deste ano e que culminou em 12 mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão.
Segundo a denúncia, o grupo divulgava oportunidades de emprego em sites, páginas em redes sociais, folders e jornais de grandes circulação, mas, quando a vítima entrava em contato, era informada da necessidade de realizar um curso ou de emitir certidão de antecedentes criminais mediante pagamento de até R$ 180. As vagas de emprego não existiam. Além disso, a organização recrutava adolescentes para atuar no esquema, oferecendo comissão como forma de pagamento.
As investigações identificaram 14 sites nos quais eram oferecidos os cursos com certificados supostamente necessários à obtenção das vagas. Todos eles remetiam a Renan Romero Dias, apontado como líder da quadrilha. Quando muitos golpes eram aplicados pelo mesmo site, a página era desativada e outra era criada. Uma das acusadas afirmou ser, sozinha, responsável por 20 vítimas diárias, o que totalizava uma média de R$ 70 mil faturados por mês.
As investigações ainda estão em curso e pode haver mais pessoas envolvidas nos crimes.
Fonte: Defensoria Pública