PF encontra malas com milhões em dinheiro na “Caverna de Ali Baba” de Geddel

Publicado em: 05/09/2017

Uma operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta terça-feira apreendeu milhares de reais em espécie em suposta “Caverna de Ali Baba” onde o ex-ministro de Michel Temer e seu braço direito no golpe,  Geddel Vieira Lima (PMDB), armazenava recursos de propinas, em Salvador.

Os policiais chegaram ao local onde o dinheiro estava armazenado após uma denúncia de que o ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer estaria escondendo documentos relacionados a uma das investigações da qual é alvo. Na prática, os policiais conseguiram muito mais do que esperavam. O imóvel onde estava a montanha de dinheiro não era do peemedebista, mas estava cedido a ele. Oficialmente, ele informava ao proprietário do local que guardaria documentos de seu finado pai, Afrísio Vieira Lima, no apartamento.

As imagens divulgadas pela assessoria da polícia são chocantes. Foram recolhidas ao menos nove malas e oito caixas lotadas de notas de 100 e 50 reais. O valor ainda não foi contabilizado pelos policiais. A montanha de dinheiro lotou ao menos dois porta-malas de camionetes usadas no cumprimento do mandado.

Batizada de Tesouro Perdido, a operação desta terça-feira é uma continuação da Operação Cui Bono, a operação que havia resultado na prisão de Geddel em julho. O cumprimento do mandado ocorre um dia depois que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, admitiu que a delação da JBS pode ser anulada porque três dos delatores teriam omitido informações aos investigadores. A PF não detalhou como chegou ao local e nem qual a origem do dinheiro.

Considerado um dos articuladores do impeachment de Dilma, a carreira de Geddel começou a ruir após Marcelo Calero, então ministro da Cultura de Temer, denunciar que seu colega de esplanada tentou interferir ilegalmente em um processo de tombamento de imóvel que poderia beneficiá-lo. Geddel acabou pedindo exoneração do Governo, perdeu o foro privilegiado e, devido à série de investigações, passou a ser alvo mais fácil do Judiciário.

 

 

 

Com informações de El País

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