Pai de jovem que matou adolescentes em GO não sabia que filho sofria bullying

Publicado em: 24/10/2017

O policial militar, major Malaquias, pai do garoto de 14 anos responsável em efetuar os disparos com arma de fogo contra colegas na sexta-feira, (20/10), no colégio Goyases, em  Goiânia, deixando dois mortos, depôs na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) na manhã de segunda-feira (23/10). Segundo a TV Anhanguera, o policial disse que não sabia que o filho sofria bullying na escola, como relatou garoto em seu depoimento.

O pai também descartou que ele ou a mãe do adolescente, que também é policial militar e é a dona da arma utilizada no tiroteio, tenham ensinado o filho a atirar ou que o garoto manifestasse alguma atenção especial pela arma, que, de acordo com o major, ficava em cima do guarda-roupa do casal e separado da munição, que era trancada em uma gaveta. Segundo a TV Anhanguera, o policial disse não saber como o filho teve acesso aos projéteis.

O menino continua isolado na Depai, aguardando a audiência com o Juizado da Infância e da Juventude. Na própria sexta-feira, a juíza plantonista Mônica Cézar Moreno Senhorello acatou o pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e determinou a internação do menino por 45 dias.

Os tiros disparados pelo garoto mataram João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos e deixou feridos outros quatro colegas  – um menino, que já teve alta, e três meninas, que permanecem internadas. Em depoimento na própria sexta-feira, o filho do major disse que atirou para se vingar do bullying que sofria dos colegas.

Apontado como o responsável pelas brincadeiras com o garoto, João Pedro Calembo foi defendido pela mãe, Bárbara Mello, em uma postagem de uma foto com o garoto. “Não julguem nosso filho“, escreveu ela na legenda da publicação.

 

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