Polícia do DF desarma bando que cobrava por serviços funerários gratuitos

Publicado em: 26/10/2017

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou hoje (26/10) a Operação Caronte para desarticular uma organização criminosa conhecida como “máfia das funerárias”. Desde as primeiras horas da manhã, os agentes cumpriram 12 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e em funerárias supostamente envolvidas no esquema. O que é mais impressionante é a facilidade que esses grupos conseguem equipamentos e se conectarem a outras instituições para tirar proveito da população.

De acordo com a investigação, o grupo captava sinais de rádio da polícia para colher dados sobre pessoas que tiveram morte natural. Com essas informações, os criminosos entravam em contato com as famílias, fazendo-se passar por servidores do Instituto Médico-Legal (IML), do Serviço de Verificação de Óbitos e do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal.

Entre alvos estão empresários e um médico dono de uma clínica em Formosa, no Entorno. Um vigilante do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) também é alvo de mandado de prisão temporária. Paralelamente, estão sendo cumpridos ainda 12 mandados de busca e apreensão, em Vicente Pires, Lagos Sul e Norte e Taguatinga.

O grupo, então, convencia os parentes da pessoa falecida a atestar o óbito fora do IML, por meio de uma suposta parceria com funerárias — o que, segundo os criminosos, seria um processo “menos doloroso” à família. As funerárias envolvidas no esquema confirmavam a informação e ofereciam os serviços funerários mediante o pagamento de taxas que variavam de R$ 1,5 mil a R$ 8 mil.

Entre os suspeitos de participar do esquema estão donos de funerárias, agentes funerários, funcionários de hospitais e um médico.

 

Informações: Agência Brasil

 

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