Em depoimento a Justiça Federal de Brasília, na manhã desta segunda-feira (6/11), o ex-deputado Eduardo Cunha disse que foi procurado por um intermediário da defesa do doleiro Lúcio Funaro, no Paraná. De acordo com Cunha, o representante dos advogados do doleiro ofereceu um acordo de delação premiada de forma conjunta. O politico depõe no processo que investiga desvios no Fundo de investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI – FGTS).
Eduardo Cunha rebateu as afirmações de Funaro e negou participar do esquema de corrupção para desviar os recursos do banco público. “Minha família foi procurada por intermediários do advogado dele. O intermediário me procurou e queria que eu fizesse um acordo de delação premiada em conjunto. Fui procurado lá no Paraná”, afirmou Cunha. O ex-deputado também disse que “o intermediário lhe pediu para receber o advogado de Lúcio Funaro”, mas ele teria recusado.
A fase de oitivas do processo começou há duas semanas. Em audiências anteriores, Funaro afirmou que recebia propina de empresas envolvidas no esquema e distribuía para os demais integrantes a mando de Cunha.
Cunha foi detido em outubro de 2016, por ordem do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Lava-Jato. Como o processo em que é réu por desvios do FI-FGTS corre na Justiça Federal de Brasília, ele foi transferido temporariamente para a Papuda, presídio localizado na capital federal. Funaro está preso desde julho do ano passado.
Informações Correio Braziliense