De Lisboa
Depois de duas rodadas, Mario Centeno foi eleito presidente do Eurogrupo, o processo de eleição previa a realização de até quatro voltas, para se alcançar uma maioria simples por um dos candidatos.
Centeno representa um país que sofreu imensamente com a crise dos últimos anos e que foi alvo de um programa de resgate financeiro, é o presidente-eleito do Eurogrupo de um Estado-membro do Sul e o primeiro a representar uma economia que esteve sob resgate”. Esta eleição seria um reconhecimento dos resultados económicos alcançados pelo Governo português.
Além do que, pelas ideias defendidas pelo atual governo português, o ministro português é, de certa forma, um fim simbólico à auteridade. Há alguns meses atrás, em entrevista ao jornbal espanhol ElPais, afirmou que a receita europeia era “errada, parcial e incompleta”.
O apelido de “Ronaldo do Ecofin”, parece seguir adiante, resultado dos extraordinários números apresentados pela sua gestão a frente do Ministério das Finanças de Portugal.
Há quem não se esqueça, o Eurogrupo tinha um desgaste e uma repercussão negativa junto aos países do Sul, quando em março, o então presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, acusou o Sul da Europa de desperdício de dinheiro em “copos e mulheres“. Na época Portugal foi uma voz ativa e pediu o seu afastamento, agora Centeno foi o favorito de Dijsselbloem a sua sucessão.