Um a cada seis homens é vítima de abuso sexual antes dos 18 anos, revela ONG

Publicado em: 19/01/2018

De Lisboa

Um a cada seis homens é vítima de abuso sexual antes dos 18 anos, revela a associação Quebrar o Silêncio, a primeira ONG em Portugal a prestar ajuda especializada e específica a este tipo de violência. A associação recebeu pedidos de ajuda de pessoas de norte a sul do país e ainda de portugueses que estão em Espanha, França, Suíça, Roménia ou Alemanha, e até de brasileiros a viver no Brasil.

A associação, que completa um ano de existência, relava que trata-se de uma realidade pouco falada no país. Não há um perfil tipo para as vítimas, mas a grande maioria, sofreu abusos ainda enquanto criança e só muito tempo depois pediu apoio.

https://www.youtube.com/watch?v=Xfipvo5U_D8&t=21s

Segundo o site da associação, os MITOS SOBRE ABUSO SEXUAL MASCULINO, reproduzem preconceitos e ideias erradas sobre as vítimas e os seus agressores, dificultando o sucesso do processo terapêutico. Entre eles:

  • “Os homens e rapazes não podem ser vítimas de abuso sexual.”
  • “Os autores de abuso de sexual são indivíduos desconhecidos das vítimas.”
  • “Se um rapaz for abusado por um homem, significa que é homossexual.”
  • “Mulheres e raparigas não podem abusar sexualmente de um homem ou de um rapaz.”
  • “Se um rapaz ou um homem tiver prazer ou uma erecção durante o abuso, significa que permitiu o
  • abuso.”
  • “Os rapazes que foram sexualmente abusados também se tornam abusadores.”
  • “Se um rapaz gostou da atenção recebida ou até desejou o contacto sexual, significa que permitiu o abuso e é por isso culpado.”
  • “Se uma mulher ou rapariga abusar de um rapaz ele é «sortudo» e não é abuso.”
  • “Se um homem ou rapaz for abusado significa que não é masculino ou viril.”
  • “Todos os abusadores de homens e rapazes são homossexuais.”
  • “Violação e abuso sexual de homens só acontece em prisões ou entre homossexuais.”
  • “Um homem ou rapaz não pode ser abusado por um agressor heterossexual.”
  • “Se a vítima não tentar parar fisicamente o ato, não podemos considerar que se tratou de um abuso sexual.”

Fonte: RTP e Quebrar o Silêncio.

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