O ex-deputado Carlos Marun (MDB-MS), amigo de longas datas do ex-presidente Michel Temer, usando da sua prerrogativa de advogado, já esteve duas vezes em visita a sua cela. Hoje pela manhã (22) depois de deixar a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Marun desabafou: “Temos a mais absoluta convicção de que, em mantido o devido processo legal, o presidente resultará inocentado de todas essas acusações”, afirmou.
Para Marun, que foi ministro da Secretaria de Governo de Temer, a prisão do ex-presidente é ilegal e arbitrária. Segundo ele, Temer “pode estar sendo vítima de uma disputa entre a Lava Jato e o Supremo Tribunal Federal”. “O presidente talvez tenha ficado como um marisco entre o mar e o rochedo”, afirmou.
“O que estamos vendo, e que é evidente, não é novidade, é que existe uma queda de braço entre o STF e a Lava Jato. O que é óbvio. Talvez o presidente esteja sendo uma vítima dessa disputa, onde se busca demonstrar poder ao arrepio da lei e em não conformidade com o Estado de direito”, disse Marun, acrescentando que se trata de um confronto não republicano.
Temer está preso preventivamente desde ontem devido às acusações do Ministério Público Federal de que ele chefiava uma quadrilha que cometeu crimes nos últimos 40 anos. A prisão foi decretada pelo juiz Marcelo Bretas, que julga os processos da Lava Jato na 7a Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Com informações da Agência Brasil