Ministro racista, Abraham Weintraub, cria mais um atrito com a China

Publicado em: 06/04/2020

Em mais um momento de tresloucada tensão na relação entre Brasil e China, a conta oficial da embaixada chinesa no Twitter rebateu o ministro retardado de Bolsonaro na Educação, Abraham Weintraub, que ironizou de forma desrespeitosa a China nas redes sociais, que disse ter “forte indignação” contra o ministro.

A embaixada chinesa afirmou ainda, que “tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”.
A conta oficial escreve ainda que “o lado chinês manifesta forte indignação e repúdio a esse tipo de atitude” e pede “que alguns indivíduos do Brasil corrijam imediatamente os seus erros cometidos e parem com acusações infundadas contra a China”.

Weintraub publicou uma capa de um gibi da Turma da Mônica para ironizar a China, local onde a pandemia do novo coronavírus começou.

“Geopolíticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”, escreveu.


Esse é mais um atrito entre Brasil e China em menos de um mês. Em março, Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, disse que a culpa da epidemia era da China e comparou a pandemia ao acidente nuclear de Chernobyl.

A fala revoltou o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, que exigiu desculpas. “As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês. Tal atitude flagrante anti-China não condiz com o seu estatuto como deputado federal nem [com] a sua qualidade como uma figura pública especial”.

A Embaixada da China chegou a dizer que Eduardo Bolsonaro contraiu “vírus mental” ao voltar de Miami e que está infectando a amizades entre os nossos povos”.

Na ocasião, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pediu desculpas à China e ao embaixador pela fala de Eduardo.

“A atitude não condiz com a importância da parceria estratégica Brasil-China e com os ritos da diplomacia. Em nome de meus colegas, reitero os laços de fraternidade entre nossos dois países. Torço para que, em breve, possamos sair da atual crise ainda mais fortes”, afirmou o presidente da Câmara em outro post.

Confira a carta completa da Embaixada da China no Brasil:

Com informações do UOL

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