Em outubro de 2020, a Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas – lançou relatório acusando Bolsonaro de atacar a imprensa, enquanto presidente, 299 vezes. Um recorde na história do país.
Agora o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, fez a mais grave acusação a Jair Bolsonaro desde sua posse em janeiro, indicando que a pressão irá aumentar: o Departamento de Estado divulgou nesta terça-feira (30) um relatório sobre os direitos humanos em 2020 que aponta desrespeito do governo brasileiro à liberdade de expressão e registrando os ataques aos jornalistas.
No trecho sobre o Brasil, de 49 páginas, o governo dos Estados Unidos menciona que o presidente Jair Bolsonaro criticou verbalmente ou pelas redes sociais a imprensa por 53 vezes, número levantado pela organização Repórteres Sem Fronteiras.
Um dos momentos citados pelo Departamento de Estado como assédio aos jornalistas refere-se ao episódio, no qual, em 2020, Bolsonaro xingou um repórter que o questionou sobre depósitos feitos por Fabricio Queiroz a Michelle Bolsonaro, informa o G1.
Na ocasião, Bolsonaro disse: “Minha vontade era de encher a sua boca de porrada”
O relatório critica ainda as agressões a jornalistas que cobrem a pandemia do coronavírus. “Vários jornalistas sofreram assédio verbal, incluindo quando pessoas sem máscaras gritaram em seus rostos no início da Covid-19″, diz o texto.
Sobre a cobertura presidencial, o relatório do governo Biden afirma especificamente sobre as entrevistas em frente ao Palácio do Alvorada. “Vários jornalistas foram submetidos a agressões verbais […] levando uma coalizão de organizações da sociedade civil a abrir um processo civil contra o governo por não proteger os jornalistas naquele local.”
Com informações do 247 e G1