Foi lançado na manhã desta segunda-feira (11), no Parque da Cidade, próximo ao Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS), o novo sistema de bicicletas compartilhadas. Realizada em parceria com o GDF, a iniciativa está disponível, em um primeiro momento, no Plano Piloto, mas será expandida para outras cidades do entorno.
Nessa fase de implantação, os usuários contam com 131 bicicletas funcionando em 17 estações espalhadas em locais como Shopping Pátio Brasil, Metrô Galeria, Santuário Dom Bosco, EQS 705/706 W3 Sul, Parque da Cidade, entre outros.
A meta do governo é chegar a 70 pontos e 500 bikes nas 33 regiões administrativas do DF. O investimento da empresa Tembici – que venceu a licitação para execução dos serviços – é de R$ R$ 10 milhões. Para o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Valter Casimiro, a parceria incentiva a mobilidade ativa na capital, gerando qualidade de vida para a população.
“É um projeto que está sendo implantado na capital, mas que queremos para todas as cidades. Esperamos que o número de bicicletas alcance três, cinco mil unidades, ou o quanto for necessário para atender bem”, comentou. “A gente sabe que a população de Brasília gosta de iniciativas como esta e a intenção do GDF é que as bicicletas compartilhadas sejam uma realidade permanente”, destacou.
O novo sistema de bicicletas compartilhadas vai funcionar 24h. Pessoas que usam o bilhete do sistema de transporte para pagar o passe de ônibus poderão ativar o serviço de bikes com o cartão. “Uma das exigências do edital foi a integração com o bilhete de transporte. Quem estiver com o cartão de transporte público pode usá-lo no sistema de bicicletas; facilita para o usuário de transporte coletivo”, explicou Valter Casimiro.
“A bicicleta esportiva é bacana, mas muito mais bacana é a bicicleta como uso para trabalho”, reforçou o diretor do Detran-DF, Zélio Maia, sugerindo que o serviço vai ampliar o número de ciclistas e, como consequência, diminuir os carros nas vias. Comungando da mesma opinião, a secretária executiva de Planejamento e Preservação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Giselle Moll, afirmou acreditar que as bicicletas compartilhadas serão importante meio de melhorar o fluxo de pessoas na cidade. “Mobilidade é qualidade de vida, e é isso que a gente quer para o DF, agora é só aproveitar”, completou.
Novos pontos
Os locais das estações foram previamente definidos por meio de estudos e análises criteriosas elaborados pela equipe de urbanistas da empresa Tembici, juntamente com servidores da Semob. Além do respeito às questões urbanísticas da cidade, como áreas e construções tombadas, foram avaliados critérios como proximidade à infraestrutura cicloviária, além de possibilidades de maior demanda e integração com o transporte coletivo. De acordo com o cofundador da Tembici, Mauricio Villar, a expectativa é que as próximas estações estejam funcionando em breve – “nas próximas semanas, conforme as licenças forem liberadas”, antecipou.
Desde março de 2020, o projeto das bikes compartilhadas no DF estava desativado. Apaixonado por bicicletas, o vendedor Thales de Castro, 27 anos, achou interessante a iniciativa. “Quando tinha antes, eu usava sempre; é muito importante para a mobilidade da cidade, mais ainda para quem gosta de bicicleta, porque facilita a vida de muita gente”, avaliou. “É um meio de transporte simples e moderno ao mesmo tempo”.
Valor do serviço
A liberação das bicicletas pode ser feita por QR Code, após acesso ao aplicativo da Tembici. A empresa disponibiliza, como modalidades de assinatura, os planos avulsos de 30 minutos (R$ 3,50) e diário (R$ 15), que pode ser usado por cinco horas (ou cinco viagens de 60 minutos).
Quem assinar o plano anual até o dia 31 deste mês vai contar com desconto de 50% no valor do plano anual – que, quando diluído, será de aproximadamente R$ 0,25 por dia. Mais informações estão disponíveis na página oficial do projeto: https://brasilia.tembici.com.br/.