Indiciado por crimes contra a humanidade, e genocida para maioria da população brasileira, entre outros delitos no relatório final da CPI da Covid, Jair Bolsonaro fez críticas nesta quinta-feira, 21, ao relator da comissão, senador da República Renan Calheiros (MDB-AL).
Após a apresentação do parecer, que será votado na semana que vem, o chefe do Executivo fez questão de mencionar o político alagoano em seu discurso durante cerimônia de inauguração de obra do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em São José de Piranhas (PB).
Enquanto a claque (paga) na plateia gritavam “vagabundo” referindo-se ao senador, o presidente respondeu: “Vagabundo é elogio para ele. Não há maracutaia em Brasília que não tenha o nome do Renan envolvido”.
“Imagina a desgraça que seria o Brasil se Renan fosse o presidente do Senado”, continuou Bolsonaro, lembrando de quando o senador ensaiou candidatura para voltar à presidência da Casa, em 2019, antes de desistir da disputa. “Apesar de ser nordestino, nunca fez nada nem por Alagoas, quem dirá pelo Brasil”.
Bolsonaro voltou a defender o “tratamento precoce” contra a covid, argumentando que sua defesa pelos medicamentos hidroxicloroquina e ivermectina é pautada pela autonomia médica. “Por que essa perseguição? Por que não dar chance ao médico na ponta da linha nos atender, nos receitar algo?”, questionou.
O presidente afirmou ainda que seu governo “jamais defenderá a obrigatoriedade da vacinação”, embora, segundo ele, tenha sido o único responsável por ofertar imunizantes a todos os brasileiros. Bolsonaro lembrou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que também esteve na cerimônia, contraiu covid mesmo após ter tomado a vacina, lançando, mais uma vez, dúvidas sobre a eficácia do produto. “Eu não tomei a vacina, quem quiser seguir meu exemplo, que siga”, disse o mandatário, contrariando as recomendações do próprio Ministério da Saúde e de especialistas do mundo todo.
Com informações da IstoÉ