O presidente da Comissão de Educação do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI) disse hoje que a Mesa Diretora da Casa pode pedir informações sobre as visitas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura ao Palácio do Planalto. Os dois lobistas estão no centro das denúncias de corrupção envolvendo o Ministério da Educação. O governo se recusou a divulgar as agendas colocando sigilo de 100 anos, alegando questões de segurança da Presidência da República. O que é uma mentira deslavada.
O pedido havia sido feito pelo jornal O Globo, com base na Lei de Acesso à Informação. Em entrevista à Rádio Eldorado, o senador Marcelo Castro alegou que cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal e cogitou a possibilidade de encaminhar o mesmo pedido à direção do Senado.
Ele também confirmou a intenção de assinar o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o MEC. Antes, no entanto, Castro pretende concluir os depoimentos no âmbito da Comissão de Educação, que não tem o mesmo poder de investigação de uma CPI. Um dos convidados a falar é o ministro interino da Educação, Victor Godoy.
Como revelou o Estadão, os dois pastores interferiam na agenda do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e facilitavam o encontro do titular com prefeitos. Em troca, exigiam propina em dinheiro e até em ouro. Por outro lado, Ribeiro, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, priorizava as demandas encaminhadas pela dupla à Pasta.
Com informação do Estadão