O caso da abordagem policial à festa de aniversário do jornalista Sylvio Costa, do site Congresso em Foco, ocorrido na última sexta-feira (01), repercutiu hoje (05) no plenário da Câmara Legislativa. Na ocasião, após cantarem parabéns, os convidados gritaram palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro. Em seguida, uma equipe da Polícia Militar do Distrito Federal compareceu ao local e teria obrigado o jornalista a assinar um termo circunstanciado de ocorrência.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, deputado Fábio Félix (PSOL), disse que os policiais agiram de forma truculenta. “Foi uma abordagem truculenta. A polícia normalmente chega e orienta o que deve ser feito para resolver o problema. Mas, neste caso, os policiais tiveram uma atuação para ampliar a crise. Não ouviram as explicações e não deixaram chamar advogado. Qual foi o motivo desta abordagem? Por que não houve mediação? Foi uma encomenda? Estamos em 2022, o que mais vai se gritar neste país é fora Bolsonaro”, criticou.
Félix também frisou que “a polícia não tem que abordar nenhuma festa por motivação política” e que “a preservação da democracia passa pela liberdade de opinião”. O deputado Chico Vigilante (PT) também se solidarizou com o jornalista Sylvio Costa. “A Polícia Militar, que é paga por todos nós, não pode se tornar uma milícia do Bolsonaro. O que mais se ouve hoje no Brasil inteiro é fora Bolsonaro, por todas suas mazelas. As ditaduras atacam a imprensa, especialmente a independente, porque não querem que o povo tome conhecimento do que acontece”, afirmou Vigilante.