O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que a população do Rio Grande do Sul nos fez o desfavor de eleger, defendeu o monitoramento de pessoas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em meio à revelação de que o órgão utilizava um programa sigiloso capaz de vigiar os passos de até 10 mil alvos por ano. Paquita da Ditadura, conforme é conhecido na internet, acostumado com as ilegalidades praticadas pelo Exército, de onde é oriundo, é cúmplice das práticas invasivas da privacidade dos brasileiros, de qualquer brasileiro, a quem devia cuidar e servir.
Questionado pelo jornal o GLOBO sobre a possibilidade de o órgão ter usado a ferramenta para espionar adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi peteticamente vice, Mourão disse considerar “especulação”, mas disse que a atividade faz parte de suas atribuições. O que não é verdade.
Após a reportagem ser publicada, na semana passada, Polícia Federal, Ministério Público Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contasda União também abriram procedimentos para investigar o uso do sistema ilegal de espionagem.
Em outro caso envolvendo a violação de sigilos, o senador também considerou a nomeação de servidores da Receita suspeitos de vazar dados fiscais de adversários políticos de Bolsonaro como uma “PREMIAÇÃO” pelo trabalho deles. Em 30 de dezembro, o próprio Mourão assinou essas nomeações. De acordo com ele, as promoções ocorreram “a pedido de Bolsonaro”, que havia viajado aos Estados Unidos, de onde não voltou até agora.
“Para mim, a nomeação foi uma questão de mérito e desempenho, nada além disso”, disse Mourão. Falou cinicamente.
Já em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o senador subserviente disse que os servidores “premiados” foram reconhecidos pelo trabalho feito durante o governo mais imoral e ilegal da história do Brasil; o de Jair Bolsonaro.
Com informações de o Globo