Após reunião com a secretaria de Mobilidade sem resultado prático na manhã de hoje (6) para tratar da privatização da Rodoviária do Plano Piloto, deputados expressaram sua insatisfação durante a sessão ordinária de hoje na Câmara Legislativa.
O deputado Max Maciel (PSOL) voltou a criticar a proposta de privatização. “Fizemos sérios questionamentos ao secretário de Mobilidade, mas as informações repassadas são desencontradas. O que o estado apresenta a nós não bate com o que se planeja para a Rodoviária. A proposta do governo não respeita a Lei Orgânica, que determina que a concessão deve ter prazo máximo de dez anos, e não 20 anos como estão querendo”, reclamou.
O distrital também questionou a proposta de concessão da exploração de vagas de estacionamento na plataforma superior da Rodoviária. “Se querem explorar o estacionamento, por que o próprio governo não o faz e usa a arrecadação para formar um fundo de mobilidade para o DF? Por que permitir que uma concessionária explore o estacionamento quando o próprio GDF não explora?”, questionou Max Maciel.
A deputada Dayse Amarilio (PSB) também levantou questionamentos sobre a proposta. “Existem vários equipamentos públicos na Rodoviária e a ideia é, pasmem, que o governo pague aluguel para a concessionária para ocupar espaços na Rodoviária”, destacou. O presidente da Câmara Legislativa, deputado Wellington Luiz (MDB), garantiu que o projeto de lei autorizando a concessão será discutido na Casa. “Nada será feito sem discussão. Hoje tivemos uma reunião e ficou acertada uma nova conversa para a segunda-feira que vem. Se chegarmos num acordo podemos votar o projeto ainda neste ano, mas, se não houver entendimento, a votação pode ficar para o ano que vem sem problemas”, afirmou o presidente.
Agência CLDF