Parece que o desastre ambiental em Campo de Frade na Bacia de Campos (RJ) não dará problemas para a petrolífera norte-americana Chevron. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) não deverá revogar a licença de exploração de petróleo.
Cerca de 440 mil litros de petróleo, o equivalente a 2,4 mil barris foram derramados nos mares da Bacia de Campos, mesmo assim, na última terça (29) Silvio Jablonski, representante da ANP afirmou no Senado que a cassação da licença implicaria quebra de contrato e que a extração está apenas suspensa, enquanto a Agência apura os fatos, mas a exploração deve retornar.
No último dia 23, a ANP suspendeu as atividades de perfuração da Chevron no Campo de Frade. A empresa foi multada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 50 milhões, por descumprimento da legislação de petróleo e gás e a Chevron pode receber mais R$ 60 milhões em multas. Além disso, no dia 21/11 a Chevron recebeu autuações da ANP e poderá ter de pagar até R$ 100 milhões em multas relacionadas ao vazamento identificado no dia 7/11.
Jablonski informou ainda que a ANP pretende acelerar as investigações das causas do acidente e que técnicos da ANP estão a bordo da plataforma onde houve o vazamento para acompanhar a cimentação do poço, no fundo do mar. O representante disse que as informações obtidas nesta etapa de apuração de responsabilidades pode levar a ANP a propor mudanças no marco regulatório brasileiro.