O governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) deve ser ouvido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) antes do recesso de fim de ano do Poder Judiciário, cujo início está previsto para o dia 19 de dezembro. Em decisão, assinada no último dia 29 de novembro, o ministro Cesar Asfor Rocha respondeu a um pedido da defesa do governador, sugerindo os dias 5 ou 7 de dezembro para que Agnelo fosse ouvido pelo STJ.
O ministro Asfor disse que vai considerar as datas sugeridas, mas que que antes sejam cumpridas algumas das diligências pedidas pelo Ministério Público Federal (MPF), para só então marcar a data do depoimento. Entre as diligências, está a quebra dos sigilos bancário e fiscal do governador, compreendendo o período entre 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2010.
De acordo com Luis Carlos Alcoforado, advogado de Agnelo, “o governador quer ser ouvido rapidamente para dizer o que acha relevante, porque até agora as acusações vieram de origens duvidosas”, afirmou Alcoforado, completando que a defesa não tem intenção de retardar e que Agnelo quer que a opinião pública saiba o que está acontecendo de verdade.
Agnelo responde a inquérito por suspeita de envolvimento em suposto esquema de desvio de dinheiro público do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esportes. O Governador nega as acusações.
Segundo Tempo – O STJ também irá tomar depoimento do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, que deixou o cargo em outubro deste ano e também é investigado em inquérito para apuração de suposto desvio de dinheiro do Programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte. A data do depoimento de Orlando Silva também não foi marcada.
Agnelo foi ministro da pasta entre janeiro de 2003 e março de 2006 e foi sucedido por Orlando. Segundo as denúncias, dinheiro repassado a ONGs conveniadas eram desviados para pessoas ligadas ao PC do B. Ambos negam participação nos esquemas.
Com informações do Portal G1.
