O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mal consegue disfarçar seus objetivos “persecutórios” e utiliza de seus comandados para alcançar seus objetivos. Nesta quarta-feira (4) ele anunciou a criação de uma CPI na Casa, com objetivo de investigar a UNE (União Nacional dos Estudantes).
As assinaturas para a CPI foram recolhidas pelo deputado amigo Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), alvo recorrente de manifestações organizadas pela UNE.
No requerimento apresentado por Feliciano, ele afirma que o objetivo é investigar “atitudes tidas como suspeitas” em convênios da entidade estudantil com órgãos federais e na aplicação do dinheiro recebido a título de indenização pelos danos sofridos na ditadura militar.
O deputado também quer apuração sobre “a arrecadação e o destino da receita proveniente da confecção das carteiras de estudante nos últimos cinco anos”.
O PT acusou Cunha, que também é alvo da UNE, de atropelar o regimento com o objetivo de perseguir seus adversários. O partido argumenta que na frente da CPI da UNE havia a que pedia investigação sobre “irregularidades, a falta de estrutura e a aplicação de verbas nas entidades de internação de adolescentes infratores”. Cunha rejeitou criar essa CPI sob o argumento de que ela não tem o chamado “fato determinado” para a investigação.
A CPI da UNE começará a funcionar assim que os líderes partidários indicarem seus integrantes.
Com informações da Folha de São Paulo