O governo provisório e interino de Michel Temer, vem perseguindo a presidente Dilma, desde que tomou posse há um mês atrás. Sendo um governo provisório, essa atitude era para ser considerada ilegal e imoral. Mas“o provisório” deu um prazo para a presidente Dilma Rousseff, devolver cerca de 20 dos assessores que teve direito ao ser afastada do mandato. Segundo informação de O Globo, Dilma será notificada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre a decisão da Casa Civil, que emitiu um parecer na sexta-feira da semana passada restringindo as prerrogativas da presidente afastada. E caso não exonere alguns de seus auxiliares “num prazo razoável”, a Casa Civil irá demitir assessores de Dilma para reaver esses cargos.
Segundo o Globo, “governo do presidente interino ficou incomodado com o fato de Dilma ter montado uma equipe com cerca de 35 auxiliares, entre altos cargos de confiança e ajudantes de ordem, e limitou esse número em 15. Um exemplo citado por um técnico da Casa Civil é que no gabinete da Presidência só havia um cargo de Natureza Especial (o topo da hierarquia do funcionalismo) e este foi levado por Dilma”. Faltando apenas dois meses para o encerramento do imbróglio, e com a provável volta da Presidente Dilma, fica claro que todas as restrições que ela vem passando, são mesquinharias de senhores apequenados nas suas funções provisórias.
Também segundo o Globo, “o governo provisório de Temer fez um pente-fino nos cargos de confiança no Palácio do Planalto e identificou cerca de 50 chamados de “espiões” da presidente afastada Dilma Rousseff. As demissões desses funcionários estão saindo no Diário Oficial da União quase todos os dias, mas o Planalto evita identificá-los. Segundo assessores, havia a desconfiança que esses funcionários com cargos de confiança passassem informações à presidente Dilma e ao seu staff direto”. Como pode-se se ver pelo tipo de atitude e mesquinharias, são funcionários e ministros acostumados a picuinhas e inseguros com o pouco tempo que terão no Palácio do Planalto.
Interpelação de Barroso
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou na semana passada (dia 26) que o presidente temporário, Michel Temer, prestasse esclarecimentos por escrito em prazo de cinco dias sobre a reforma administrativa que vem realizando no governo. A decisão de Barroso foi determinada em razão de uma ação apresentada no último dia 23 pelo PDT, que questionou, muito apropriadamente, a mudança de projetos troca de ministros e ministérios, e até anulação de atos da presidente afastada. Um verdadeiro desmonte.
PDT, partido aliado da presidente Dilma, requereu uma liminar para suspender as mudanças sob o argumento de que o afastamento de Dilma é temporário (por até 180 dias) e que Temer não poderia mudar o programa de governo da presidente afastada.