Ao que parece, o Governo do Distrito Federal não concorda com a cassação de mandato do mais novo aliado Raad Massouh, ex Democratas e recém filiado ao Partido da Pátria Livre. O ex-distrital é o atual secretário da Micro e Pequena Empresa do DF e já conseguiu emprego para um sobrinho na estrutura do GDF. Nesta terça (17), Ranny Massouh foi nomeado assessor jurídico do Transporte Urbano do DF (DFTrans).
Ranny passa a receber um salário de R$ 2,9 mil. No emprego anterior, na Administração Regional do Lago Sul ele ganhava R$ 1,9 mil. Questionado, Raad diz não ver problemas, já que eles estão trabalhando em locais diferentes. É bom lembrar que Agnelo Queiroz vetou a emenda que permitia o nepotismo indireto, que é quando familiares são indicados para assumir cargos sem trabalhar diretamente com seus parentes ou aderentes.
Também não se pode esquecer que na última semana, a Câmara Legislativa exonerou um assessor que havia sido indicado por Massouh, que foi condenado pela Justiça por tentativa de homicídio e que a exoneração foi para se adequar à lei que proibia a nomeação de pessoas com problemas com a justiça. Será que para Ranny Massouh vai valer o nepotismo cruzado?
Dança das cadeiras – Massouh teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER) por irregularidades nas contas de campanha e está recorrendo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto o processo não tem um desfecho, ele substituiu Dirsomar Chaves, que por sua vez assumiu a administração de Vicente Pires. Já a cadeira que fica vaga na CLDF, passa para o suplente Paulo Roriz, do Democratas.