Caiado não gostou da ‘Vaquinha’ promovida por amigas de Dilma e questionou na PGR

Publicado em: 05/07/2016

O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), ficou irritado com o sucesso da “vaquinha” promovida pelas amigas da presidente Dilma, e protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República. A ação foi registrada nesta terça-feira, e questiona a legalidade da vaquinha virtual promovida por Dilma Rousseff para angariar fundos que banquem o custeio de suas viagens em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira). Na última sexta-feira, em apenas 48 horas de campanha no ar, a meta de R$ 500 mil já havia sido atingida.

Para Caiado, a “vaquinha” tem “motivação político-partidária” e sua logística (de “crowdfunding”) impede que seja checada a origem e a legalidade das verbas arrecadadas. “É gravíssimo o fato de que, não obstante a evidente finalidade político-partidária das atividades que estão sendo custeadas pelos valores arrecadados por esse sistema, tudo leva a crer que a Justiça Eleitoral, órgão constitucionalmente responsável pelo controle das contas partidárias, restará impedida de apurar a origem e, por conseguinte, a própria licitude dos recursos financeiros doados”, diz a representação de Caiado.

Apesar da campanha não permitir que sejam feitas doações em nome de pessoas jurídicas, Caiado argumenta que há brechas que facilitam a doação de empresas por meio de pessoas físicas “sem qualquer controle ou fiscalização da Justiça Eleitoral”. Para o senador, as viagens da presidente afastada devem ser custeadas com recursos do fundo partidário. Rodrigo Janot, procurador-geral da República, foi acionado por Caiado pois também acumula a função de procurador-geral eleitoral.

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