Em agosto deste ano, o deputado Chico Vigilante (PT) acusou servidores da Câmara Legislativa do DF de destruírem provas em favor de integrantes da Mesa Diretora da Casa, na véspera da deflagração da Operação Drácon, desencadeada no dia 23/8, quando a Policia Federal fez vistoria em vários gabinetes. O distrital afirmou na ocasião que computadores e documentos foram retirados de gabinetes de distritais para esconder provas de arrecadação de propinas.
Hoje pela manhã (17/10), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF), cumprindo a terceira etapa da Operação Drácon, executou mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva em endereços dos servidores Sandro Vieira e Alexandre Braga Cerqueira, acusados por Chico de terem ocultado provas importantes antes da deflagração da primeira etapa da Drácon. .
Os dois funcionários foram flagrados pelo sistema de câmeras de segurança da Câmara retirando caixas de documentos e equipamentos no mesmo andar onde funcionam os gabinetes da Mesa Diretora.
Alexandre foi flagrado pelas câmeras num sábado, dia 20 de agosto, às 10h30, e Sandro no dia 22 de agosto, véspera da operação, por volta das 6h da manhã. A Operação Drácon foi realizada em 23 de agosto.
As medidas de hoje foram autorizadas pelo desembargador José Divino, relator do caso no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Os mandados são para cumprimento na casa do Sandro, em Àguas Claras, e na lotérica de Alexandre, no Condomínio San Diego, no Jardim Botânico.
Até a Drácon 1, Sandro Vieira era assessor da presidente da Câmara, Celina Leão (PPS). Alexandre Cerqueira era secretário-executivo da 3ª Secretaria, que tinha como titular o deputado Bispo Renato (PR).
Os deputados Celina Leão, Bispo Renato, Raimundo Ribeiro (PPS) e Júlio César (PRB) foram afastados da Mesa Diretora por decisão do vice-presidente do Tribunal de Justiça do DF, desembargador Humberto Ulhôa. O deputado Cristiano Araújo (PSD) também é investigado. Além deles, estão sob investigação o ex-presidente do Fundo de Saúde Ricardo Cardoso e Alexandre Cerqueira.
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Com informações do Correio Braziliense