Os deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal tiveram um carnaval bem gordo. Pelo menos os 16 que não abriram mão do salário extra de R$ 20.025, conhecido como 14º e 15º salários, concedido no início de cada ano legislativo. Abriram mão de receber o bônus Chico Leite (PT), Cláudio Abrantes (PPS), Patrício (PT), Joe Valle (PSB), Israel Batista (PTB), Dr. Charles (PTB) e Arlete Sampaio (PT).
Vale lembrar que no início da gestão da atual Mesa Diretora em janeiro de 2011 houve defesa da extinção do pagamento dos 14º e 15º salários, o que representaria economia anual de R$ 1 milhão na Casa. Um projeto chegou a ser protocolado na casa, pelo deputado Raad Massouh (DEM) e teve o apoio do presidente da Casa, deputado Patrício (PT), e do terceiro-secretário, Joe Valle (PSB), mas na época, faltavam alguns signatários, já que são necessárias oito assinaturas para ser apresentada como projeto de resolução e ir a plenário.
A julgar pelo fato de que a proposta de Raad não foi a primeira a pedir a extinção do benefício, pois em 2007 o então deputado José Antônio Reguffe (PDT) apresentou uma proposta pedindo a extinção do pagamento extra, mas nos finalmentes, a Mesa Diretora aprovou substitutivo para que os parlamentares pudessem optar por não receber, caso manifestassem o desejo de abrir mão. A proposta foi de Júnor Brunelli (DEM) que na época era segundo-secretário da Casa e até hoje quem não quer receber os pagamentos, tem que encaminhar uma declaração à Mesa Diretora.
Vale lembrar que a CLDF gera despesas desde 1º de janeiro e o mesmo não se pode dizer de geração de benefícios à população. O fim do recesso legislativo foi no dia 1 de fevereiro, mas desde então a pauta da casa está trancada por vetos do Executivo que nem chegaram a ser apreciados. A pergunta que o Câmara em Pauta vem se fazendo desde cedo é se hoje haverá sessão ou a maoria vai enforcar a quinta e a sexta, pra emendar com a quarta de cinzas que já foi usada por alguns parlamentares para esticar o carnaval.
Foto, CLDF.