Na última semana de outubro pudemos assistir ao nada excelentíssimo e nada legítimo presidente Michel Temer, ser salvo mais uma vez pela Câmara, que rejeitou a continuidade das investigações acerca do peemedebista e as arquivaram novamente.
O curioso é que, desta vez, a bancada dos deputados evangélicos não só manteve seu apoio incondicional ao golpista mais detestado do Brasil, como também declarou que a orientação para que Temer não fosse processado veio de Deus.
É um fato que durante toda a história da humanidade, Deus teve muitos nomes. Mas esta é a primeira vez que vemos R$ 15 bilhões gastos em emendas e medidas como a venda de aeroportos, a flexibilização do trabalho escravo no país e as liberações de dinheiro público (que chegaram a somar R$ 4 bilhões) algumas horas antes do início das votações receberem o nome de “Deus”.
Talvez seja difícil para o leitor ou a leitora tentar entender quais seriam as posições de Deus a respeito de Temer, mas para os deputados Marco Feliciano (PSC), Silas Câmara (PRB), Victório Galli (PSC), Marcelo Aguiar (DEM), Paulo Freire (PR), Ezequiel Teixeira (Podemos), Rosângela Gomes (PRB), Pastor Luciano Braga (PRB) e outros, a resposta veio durante uma oração, e seria de que “salvar Temer seria salvar o Brasil”.
As posições do povo a respeito de Temer, por sua vez, tem ficado cada vez mais claras: em março deste ano, sua aprovação era de 10%, caiu pra 5% com a chegada de julho e agora no segundo semestre desceu pra 3%.
Essa tem sido a realidade do planalto, muito distante de representar as demandas e anseios da juventude e das trabalhadoras e trabalhadores, serviu e tem servido desde o golpe institucional do ano passado como um palco muito mal montado pra esses palhaços sem a menor graça justificarem seus interesses com Deus, o Diabo, sua família e o que mais for preciso pra descontar todo o saldo negativo nas costas dos trabalhadores e da população.
Esquerda e Diário