Após as últimas incidências de ataques a moradores de rua no Distrito Federal, Salete Valesan Camba secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (vinculada à Secretaria Nacional de Direitos Humanos), lamentou as agressões e afirmou que o assunto será debatido no fim do mês de março,nda reunião da Coordenação do Comitê das Populações de Rua em Brasília.
A Secretária externou a preocupação, ressaltando a necessidade de intervenão do Governo Federal. “Há a necessidade de uma política federativa, construída a partir de ações comuns do governo federal com os governos estaduais e municipais e o apoio da sociedade. É preciso prevenir a violência e combatê-la. Estamos muito preocupados. Parece que há uma circulação de violência. Isso é muito grave. A sociedade precisa se indignar e não pode aceitar tudo isso como normal”, disse Salete.
Nos últimos dias no DF foram registrados dois crimes com traços de higienização social, que busca a eliminação de elementos considerados incômodos. Em Santa Maria, no entorno, dois foram queimados vivos (veja matéria), um sobreviveu e permanece internado desde o dia 26 de fevereiro no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).
No Areal, na região entre Águas Claras e Taguatinga, mais dois foram vítimas. Desta vez um homem encapuzado disparou várias vezes contra dois homens que dormiam sob as árvores (veja matéria).
No primeiro caso, a polícia identificou e prendeu os homens que atearam fogo aos moradores de rua. Segundo as investigações, um comerciante contratou os homens e pagou R$ 100 pelo crime (veja matéria).
Vale lembrar ainda o caso do índio Galdino, que completa 15 anos em abril. O crime foi cometido por jovens de classe média alta, que incendiaram e mataram o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, que dormia em uma parada de ônibus na W3 na Asa Sul de Brasília.