A reunião entre representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro) e secretários do governo do Distrito Federal nesta terça (13) para as negociações da pauta de reivindicações da categoria terminou sem avanços e a greve iniciada nesta segunda continua (veja matéria).
O Sinpro não aceitou a proposta feita pelo governo, que se comprometeu a apresentar a reestruturação do plano de carreira da categoria até setembro, quando deverá ter os extratos da LRF do primeiro e do segundo quadrimestres, o que vai dar melhor noção da saúde fiscal do GDF, mas o movimento considerou a medida um retrocesso. “A categoria só se convence com proposta concreta. A greve está sem data para acabar”, declarou Washington Dourado, diretor do Sinpro. “Em março de 2011, eles assinaram uma carta prometendo apresentar a proposta de reestruturação em um ano, com datas. Essa nova promessa nem data tem”, disse.
O secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, reafirmou que não é possível reajustar o salário de nenhuma categoria este ano, por conta dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “O diálogo tem que ser feito, o movimento tem causa justa, mas o estado tem limites. O governo adotou medidas para restabelecer as condições financeiras e assim que elas permitirem vamos ter uma proposta”, afirmou Lacerda, que declarou ainda que, apesar do impasse está descartada a possibilidade de recorrer à Justiça contra o movimento grevista.
Segundo o secretário, além do plano de carreira, o GDF diz que vai estudar a viabilidade de implantar, a partir do segundo semestre, o plano de saúde dos professores e demais servidores públicos, mas que o governo precisaria fazer um remanejamento no orçamento, já que não há verba carimbada para essa despesa, que segundo ele, custaria R$ 78 milhões se implementado no segundo semestre.
Os professores devem fazer um ato público nesta quarta (14), às 9h30, em frente a residência oficial de Águas Claras.
Foto, Agência Brasil.