Em setembro do ano passado, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou em alto e bom som, e por diversas vezes, que o PMDB é uma organização criminosa muito bem estruturada e organizada, e denunciou vário supostos membros da “quadrilha” de diversos ilícitos. Ontem, 21, o Ministério Público Federal (MPF), agora comandado pela procuradora Raquel Dodge, ratificou e ampliou a denúncia de Janot contra ex-integrantes da bancada do MDB na Câmara dos Deputados.
As investigações envolvem o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Especial da Presidência), bem como os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Rocha Loures.
A parte das investigações envolvendo pessoas sem foro privilegiado foi enviada, em dezembro, para a primeira instância da Justiça Federal em Brasília e foi distribuída para o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal.
Além de ratificar a primeira denúncia, os procuradores acusaram outras cinco pessoas pelo crime de integrar organização criminosa, informou o MPF, mas sem identificar os novos acusados. No aditamento à denúncia, os procuradores pediram também a retirada do sigilo do processo.
Por meio de nota, os procuradores disseram que “o aditamento se faz necessário porque a denúncia oferecida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot tinha como foco apenas pessoas com prerrogativa de foro ou que tivessem relação direta com estas”.
“O aditamento traz novos e robustos elementos probatórios obtidos nas investigações conduzidas pela força-tarefa, a partir de documentos coletados na Operação Patmos, realizada em maio do ano passado”, acrescenta o texto.
Com informações da Ag. Brasil