O senador Antonio Anastasia foi aclamado candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais neste final de semana (28). O acontecimento mais marcante, já que a indicação do candidato foi mera formalidade, foi a não presença do senador Aécio Neves, seu amigo de longa data, e padrinho e mentor político. Ausência foi sentida por todos, principalmente por Anastasia, que muito triste, não tocou no nome de Aécio em solidariedade a sua ausência.
Pela manhã, antes da convenção do partido, Aécio divulgou uma nota para anunciar que até a próxima semana irá decidir se concorre ou não nas eleições de outubro.
Réu por corrupção e obstrução da Justiça decorrente da delação da JBS, citado por vários outros delatores da Lava Jato, Aécio tornou-se uma pedra no caminho do afilhado. A campanha do governador Fernando Pimentel, do PT, candidato à reeleição, aposta na exposição ao eleitorado da ligação umbilical entre Aécio e Anastasia para desgastar o histórico adversário.
Muitos tucanos, por consequência, defendem que o ex-presidenciável abra mão de disputar as eleições e mantenha-se discreto, distante da campanha, durante a disputa deste ano, uma forma de evitar que Anastasia seja obrigado a passar boa parte do tempo a explicar a relação entre os dois. Aécio cogitaria abrir mão da reeleição no Senado e concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Com informações da CartaCapital
