Marcha indígena abre eventos nos EUA de Solidariedade com a Democracia no Brasil

Publicado em: 16/09/2022

Ana Alakija
Ana Alakija

De Boston– Uma Marcha Indígena, no próximo dia 20, abre o ciclo de eventos que será realizado em diversas cidades norte-americanas no percurso de duas semanas. Setembro foi escolhido por brasileiras e brasileiros residentes nos EUA como o Mês Internacional de Solidariedade com a Democracia no Brasil.

A marcha, com a participação de lideranças indígenas do Brasil, acontecerá durante a instalação da Assembleia Geral da ONU sobre o Clima, em Nova Iorque — o evento oficial contará com a presença do presidente da República Jair Bolsonaro. As entidades planejam uma grande manifestação de protesto à presença do presidente, tido como o responsável pela maior devastação empreendida na floresta Amazônica e pelo maior genocídio da população indígena brasileira.

Reuniões públicas, debates, mesas redondas e outras atividades serão realizadas em universidades e outros fóruns em diversas cidades norte-americanas. O foco será a oposição a qualquer possível tentativa de golpe por parte do presidente e a defesa do processo eleitoral brasileiro.

 

O objetivo da programação é educar o público e os formuladores de políticas dos EUA sobre a situação no Brasil para reconhecerem de imediato os resultados da corrida presidencial.

As entidades organizadoras dos eventos decidiram redobrar as suas forças à medida que a eleição presidencial de 2 de outubro se aproxima e Jair Bolsonaro continua a enviar mensagens antidemocráticas para sociedade sobre não confiar nas urnas eletrônicas ou no resultado das eleições.

A programação do Mês Internacional de Solidariedade com a Democracia no Brasil visa também ampliar a frente democrática que organizações e grupos de residentes criaram no país estadunidense como parte da luta pela restituição do estado democrático de direito no Brasil.

Esse estado tem sido violado diariamente pelo atual presidente da República brasileira, Jair Bolsonaro e seus apoiadores, como denunciam as entidades organizadoras dos eventos. As violações tem sido também evidenciadas pela imprensa brasileira, com repercussão diária na imprensa dos EUA e de países estrangeiros. As entidades organizadoras dos eventos são a US-Defend Democracy in Brazil, a DDB-NY e suas afiliadas.

 

Ana Alakija é jornalista com Mestrado em História pela Salem State University, Massachusetts

 

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